Nesta caminhada, partimos do modelo em rede e dos significados da palavra rede para, através de um envolvimento directo com o local e com as suas diversas comunidades, atravessar a Trafaria a pé, tendo como base práticas de rede. Uma caminhada que incorpora características geográficas e físicas, histórias e memórias, num espaço político e social.
Fotografia: Maria Gil
REDE:
1. Malha feita de fios entrelaçados com espaços regulares. 2. Utensílio de malha larga para apanhar peixes ou outros animais. 3. Tecido de malha de algodão ou seda com que as mulheres envolvem o cabelo. 4. Tecido metálico que serve para resguardar as vidraças. 5. Utensílio de malha de arame para resguardar a comida. 6. Tecido de arame. 7. Artefacto, de tecido ou malha resistente, suspenso pelas duas extremidades, onde se dorme ou descansa. 8. [Portugal: Madeira, Brasil] Meio arcaico de transporte, geralmente para uma pessoa deitada, que usava um artefacto de tecido ou malha resistente, suspenso numa grande vara que era suportada por uma pessoa em cada uma das extremidades. 9. [Desporto] Tira de tecido de malha que divide um campo de ténis, de vólei ou uma mesa de pingue-pongue. 10. Conjunto de linhas de caminhos-de-ferro, telefónicas, telegráficas, de canais, etc. 11. [Anatomia] Entrelaçamento de nervos, fibras, etc. 12. [Figurado] Diz-se de tudo que leva adiante de si e apanha ou arrasta quanto encontra. 13. Complicação de coisas. 14. Cilada. 15. [Informática] Sistema de computadores ligados entre si, para partilha de dados e informação. 16. [Informática] O mesmo que internet.
Podemos ainda falar de rede de dormir, rede social ou ainda de rede varredora.
Dicionário Priberam da Língua Portuguesa
O modelo de rede é dominante e usamo-lo inconscientemente, quase sem pensar na relação de autonomia e/ou dependência entre nós e os diferentes elementos da rede. No entanto, estabelecemos várias relações de rede e muitas são, imperceptíveis.
Ficha Artística e Técnica
criação e mediação Maria Gil | imagens e postal Joana Linda | apoio Joana Braga | comunicação Sara Cunha | produção executiva Teatro do Silêncio | acolhimento Territórios Nómadas | T-Factor | Universidade NOVA de Lisboa. O ciclo Territórios Nómadas está enquadrado no projeto T-Factor
Inscrições até 20 de Setembro
Entrada livre mediante inscrição para o email: nomadasterritoriosnomadas@gmail.com
Após a realização da inscrição será enviado um e-mail com indicações do ponto de encontro e outras informações úteis para a caminhada.
Duração aproximada: 3h
Nr. máx. de participantes: 25
Faixas etárias: maiores de 12 anos
Sugere-se que levem roupa e calçado confortável, chapéu, água e protetor solar.
COMO CHEGAR
De Lisboa (barco):
*9h30 - saída do ferry da Estação de Belém para a Trafaria
13h30 - regresso do ferry
*bilhete de barco da responsabilidade de cada participante e não incluído na inscrição da caminhada; +info
Da Charneca da Caparica, Cacilhas (Terminal) e Fonte da Telha (autocarro): +info
Sobre:
Caminhar é um projeto de pesquisa desenvolvido por Maria Gil desde 2014 em colaboração com artistas e especialistas de várias áreas tendo como premissa a aproximação do corpo ao território através do acto de caminhar. Nestas caminhadas não se procura criar uma estética particular — não são espectáculos em andamento, mas há lugar para a partilha de práticas como exercícios de observação e de escuta, leituras poéticas, entre outras, que facilitam uma interação sensível com os diferentes territórios percorridos.