pixel Direitos Humanos: Medalhas de Ouro para Elvira Fortunato e Maria do Rosário Martins | Universidade NOVA de Lisboa

Direitos Humanos: Medalhas de Ouro para Elvira Fortunato e Maria do Rosário Martins

A Assembleia da República atribuiu a Elvira Fortunato e a Maria do Rosário Martins, ambas professoras e investigadoras da Universidade NOVA de Lisboa, as Medalhas de Ouro Comemorativas do 50.º Aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos. A Assembleia da República destacou o contributo de Elvira Fortunato como “cientista, pelo seu trabalho de investigação num projeto liderado por mulheres, de desenvolvimento de um biossensor ecológico que, com um impacto ambiental reduzido, vai permitir detetar de forma rápida a presença de coronavírus nas estações de tratamento de águas residuais (ETAR) – o projeto Eco2Covid – Desenvolvimento de plataformas de deteção e monitorização em águas do Coronavírus–, utilizando tecnologia de baixo custo, já desenvolvida para outras funções". Já em relação a Maria do Rosário Martins, a Assembleia da República fez saber que distingue o “seu trabalho de coordenação no primeiro estudo comparativo em Portugal sobre as consequências da COVID-19 em famílias imigrantes e de nacionalidade portuguesa no concelho da Amadora".

Em reação à distinção, a Professora Elvira Fortunato, que é também vice-reitora da NOVA, fez saber que “é sempre com bastante orgulho” que vê o seu trabalho ser “premiado e, em especial, nesta área”. “Vejo este prémio como mais um incentivo para continuar a trabalhar em investigação científica sempre com a preocupação da sustentabilidade, seja nos materiais, seja nos processos." Por sua vez, a Professora Maria do Rosário Martins realçou que este prémio é o “reconhecimento do trabalho único em Portugal” que tem vindo a ser desenvolvido “na Amadora em colaboração com as Unidades de Saúde e a ONG AJPAS”. Acrescentou: “O nosso estudo mostrou que a pandemia está a afetar de forma impiedosa as populações mais vulneráveis, nas quais se incluem os imigrantes, e a exacerbar as desigualdades já existentes.  Esta distinção, que muito nos honra, relembra-nos que os direitos humanos podem e devem orientar a resposta e a recuperação da covid19 e que no atual contexto de enorme fragilidade humana não podemos deixar ficar ninguém para trás!”

Estas distinções aconteceram no âmbito do Prémio Direitos Humanos, que este ano foi entregue à Convenção Nacional de Saúde com o intuito de distinguir “todos os profissionais de saúde” que “se têm batido no tratamento e na defesa da dignidade humana, e da própria vida” de todos “os que foram atingidos pela doença pandémica COVID-19”. Também David Rodrigues, à frente da Associação Pró-Inclusão - Associação Nacional de Docentes de Educação Especial, recebeu uma Medalha de Ouro.

O Prémio Direitos Humanos foi instituido pela Assembleia da República em 1998, ano em que se comemorou o 50.º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos.

O objetivo é reconhecer e distinguir o alto mérito de atividades ou trabalhos, da autoria individual ou coletiva de cidadãos portugueses ou estrangeiros, que contribuam para a divulgação e respeito dos direitos humanos, ou ainda para a denúncia da sua violação, no país ou no exterior. Anualmente, o prémio é atribuído pelo Presidente da Assembleia da República, ouvida a Conferência de Líderes, mediante proposta do júri constituído no âmbito da Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias.