Discutir e promover a liderança na investigação foi o mote da 5.ª edição do NOVA Science Day que trouxe à Reitoria da Universidade NOVA de Lisboa, no dia 15 de dezembro, docentes, investigadores e demais interessados em debater os desafios que se colocam à investigação de excelência e com impacto.
O Reitor, João Sàágua, deu as boas-vindas à comunidade de investigação da NOVA, de todas as escolas, que congratulou “pelo grande trabalho que fazem todos os dias, alargando as fronteiras do conhecimento em prol do próprio conhecimento e para o bem da sociedade” tendo reforçado que “a NOVA conta com o vosso talento e dedicação para enfrentar os desafios decisivos da agenda do conhecimento para o século XXI.”
De seguida, teve lugar a intervenção da Vice-Reitora da NOVA para a investigação, inovação e criação de valor. Isabel Rocha deu exemplos da investigação de excelência e com impacto como a que caracteriza a NOVA e elencou os desafios que se colocam à Universidade para fortalecer a liderança da sua investigação. Aumento da interdisciplinaridade, novas formas de realizar a avaliação da investigação e medir o impacto, nomeadamente em articulação com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, foram alguns dos aspetos focados.
O evento entrou depois na fase de debate com dois painéis que exemplificam bem a liderança na ciência e investigação que se faz na NOVA. O objetivo foi partilhar experiências e inspirar os investigadores da NOVA a afirmarem-se como líderes e candidatos a programas internacionais, e ainda debater medidas de apoio necessárias por parte da Universidade.
O primeiro painel foi moderado por Rui Munhá, Coordenador de National Contact Points da Fundação para a Ciência e a Tecnologia, e contou com Luís Pereira e Ana Cecília Roque, ambos da FCT NOVA, Cristina Silva Pereira, do ITQB NOVA, Miguel Ferreira, da Nova SBE, e Cristina Brito, da NOVA FCSH. Um grupo especial de investigadores, já que partilham o facto de terem recebido bolsas do Conselho Europeu de Investigação (ERC) que premeiam o talento e a investigação científica de ponta. Conhecidas como bolsas de excelência ou bolsas milionárias, as bolsas ERC são as mais prestigiadas e competitivas da Europa.
Coube a Mafalda Dourado, Coordenadora de National Contact Points da Agência Nacional de Inovação (ANI), a moderação do segundo painel. Neste momento foram identificados outros instrumentos relevantes de financiamento internacional por um grupo de investigadores que coordenam ou já coordenaram grandes projetos europeus no contexto do H2020 ou Horizon Europe. Falamos de António Jacinto, da NMS, João Paulo Costa, da NOVA FCSH, Ricardo Jardim-Gonçalves, da FCT NOVA / Uninova e Carla Ferreira, da FCT NOVA.
Seguiu-se a apresentação de três Laboratórios Associados (LA) coordenados pela NOVA, entre os dez em que está presente. Inês Cardoso Pereira deu a conhecer o LS4Future - Life Sciences for a Healthy and Sustainable Future – o LA que subscreve o conceito One Health, trabalhando em prol do ambiente e da saúde humana para assegurar um futuro sustentável para a humanidade e para o planeta. O i3N, que junta a nanociência e nanotecnologia em forte relação com materiais avançados, foi divulgado por Rodrigo Martins. Por último, Helena Canhão, trouxe o Laboratório Associado de Translação e Inovação para a Saúde Global – REAL – que contempla áreas como a promoção da saúde ao longo da vida, o desenvolvimento de novas terapias e medicina personalizada e os cuidados centrados no doente.
À semelhança de anos anteriores, o NOVA Science Day foi palco para o anúncio e entrega do Prémio de Investigação Colaborativa Santander/NOVA que distingue projetos de investigadores juniores de pelo menos duas escolas da NOVA. Este ano atribuído nas áreas das Ciências Exatas e Engenharias, o prémio foi entregue aos investigadores Carla Brazinha, da FCT NOVA, e James Yates, do ITQB NOVA, pelo projeto "Dynamic design of green solvent-based nanoemulsions for improved drug delivery" que explora novas formas de combater a resistência a antibióticos.
O encerramento contou com a Ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. Elvira Fortunato referiu que o NOVA Science Day traz para o debate os principais desafios “que são também para nós, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, os de criar condições para explorar e diversificar novas formas de financiamento de atividades de investigação, não só através da Fundação para a Ciência e a Tecnologia, mas também utilizando fundos europeus." A Ministra reforçou a confiança nos investigadores e na comunidade científica, “acredito, que dentro de qualquer instituição, a investigação científica traz ganhos ao ensino superior, bem como o que é desenvolvido no ensino superior também traz ganhos à investigação científica”, referiu.
Neste NOVA Science Day foi ainda lançada mais uma edição da revista NOVA Science que poderá ser consultada aqui.
