pixel Paleontólogos da NOVA descobrem em Angola um dos mais completos plesiossauros de África | Universidade NOVA de Lisboa

Paleontólogos da NOVA descobrem em Angola um dos mais completos plesiossauros de África

Octávio Mateus - paleontólogo FCT NOVA

Um dos mais completos plesiossauros de África foi descoberto em Angola por paleontólogos da Universidade NOVA de Lisboa. Este novo estudo publicado na prestigiada revista PlosOne revela o mais completo crânio de plesiossauro de África subsariana, tendo sido descoberto e escavado na província do Namibe, Angola, por Octávio Mateus, professor e investigador da NOVA School of Science and Technology | FCT NOVA, em 2017.

O estudo deste réptil marinho com 72 milhões de anos foi o resultado da tese do Mestrado em Paleontologia da Universidade NOVA de Lisboa em associação com a Universidade de Évora, por Miguel Marx.

Além de ser o mais completo plesiossauro de África sub-sahariana o achado é importante porque tem um crânio bem preservado e articulado. Os plesiossauros elasmosaurídeos, semelhantes ao mítico monstro de Loch Ness, podiam atingir 20 metros de comprimento, com cabeças pequenas e pescoços muito longos. 

A natureza tridimensional bem preservada do crânio oferece uma visão rara da anatomia craniana de plesiossauros elasmosaurídeos. O novo espécime de Cardiocorax mukulu - como foi classificado - foi recuperado em rochas do Cretácico Superior com cerca de 72 milhões de anos.


Miguel Marx, durante o Mestrado
em Paleontologia na NOVA

O trabalho de laboratório foi feito na Universidade NOVA de Lisboa. O principal autor do estudo, Miguel Marx, terminou o seu mestrado em Portugal e vai iniciar o seu doutoramento na Universidade de Lund, na Suécia, no final deste mês.

Outros co-autores incluem Octávio Mateus da Universidade NOVA de Lisboa e Museu da Lourinhã, Louis Jacobs e Michael Polcyn da Southern Methodist University dos Estados Unidos, Anne Schulp do Centro de Biodiversidade Naturalis e da Universidade de Utrecht na Holanda; e Olímpio Gonçalves da Universidade Agostinho Neto em Angola.

Muitos dos fósseis de Angola colhidos por esta equipa estão atualmente em exibição no Museu Nacional de História Natural do Smithsonian, em Washington, na exposição temporária "Sea Monsters Unearthed". Posteriormente passam por Portugal, antes de regressarem todos definitivamente a Angola. Alguns fósseis desta espécie podem também já ser vistos no Museu da Lourinhã antes de voltarem à sua origem.