“Os embaixadores têm a liberdade de atuar de diversas maneiras, seja a desenvolver conhecimento científico ou promover eventos que contribuam para uma maior consciencialização sobre as questões climáticas. O facto de sermos certificados enquanto tal proporciona-nos acesso a uma variedade de recursos, não apenas informativos, mas também de divulgação. É algo que facilita o contacto com as pessoas, tanto em Portugal como em outros países.”
Em suma, o seu principal objetivo é motivar, incentivar todos na nossa comunidade para que se interessem verdadeiramente pela questão da crise climática. “Sabemos que os últimos anos foram muito desafiadores, com o aumento das desigualdades económicas e um cansaço generalizado. Ao mesmo tempo que isto tudo acontece, os incêndios vão destruindo a nossa paisagem e os períodos de seca são cada vez mais prolongados – por exemplo, neste momento, o Algarve está com a água racionada!”
Quando questionada sobre o que a motivou para estar mais sensível a estas questões, Diana partilhou o seguinte momento em família: “Uma vez, num almoço na casa da minha avó, passou na televisão uma notícia sobre as catástrofes que se poderiam desencadear se aumentássemos a temperatura em mais de 1.5 graus celsius.” Foi quando percebeu que estavam todos muito chocados com as imagens que estavam a mostrar, mas não percebiam o que é que tudo aquilo queria dizer, nem tão pouco se estamos perto ou longe desse momento.
O Pacto Climático Europeu, do qual é embaixadora, é um programa que faz parte do ambicioso European Green Deal e procura alcançar a neutralidade carbónica na União Europeia até 2050 – ou seja, reduzir de forma substancial as emissões de gases com efeito de estufa para a atmosfera (idealmente, até 90%) e promover uma compensação das restantes emissões, recorrendo por exemplo ao aumento das áreas florestais e ao correto uso do solo.
Já como nos podemos envolver, Diana aponta para o facto de pequenos gestos poderem fazer a diferença, sublinhando a importância de estarmos informados e de nos envolvermos nos projetos que estão a decorrer perto de nós. Seja por exemplo, em programas de voluntariado ou que promovem a limpeza de praias – como é o caso do CAPonLitter.
A NOVA, enquanto universidade cívica e global, está comprometida em contribuir para a resolução da crise climática, estando a desenvolver os trabalhos para o Roteiro para a Neutraldiade e Resiliência Climática da universidade, liderado pela Pró-Reitora que coordena a área da Sutentabilidade, Júlia Seixas.