No período clássico, não era habitual as sinfonias inspirarem histórias ou ideais. A música bastava-se a si mesma. Mas havia sempre quem fizesse relações.
Quando, no verão de 1788, Mozart compôs a sua derradeira sinfonia, nunca imaginou chamar-lhe Júpiter, o nome do maior planeta do sistema solar, ou do deus romano, pai de Vénus e de Minerva. A atribuição terá sido feita por J. P. Salomon, o empresário alemão responsável pelas duas permanências de Haydn em Londres, nos anos seguintes.
Curiosamente, a Sinfonia N.º 101 de Haydn foi composta por sua encomenda, em 1793. Acabou por intitular-se O Relógio porque o público londrino reconheceu no 2.º andamento o característico som do tique-taque.
Já a abertura da ópera Il mondo della luna teve um percurso inverso. Em 1777 celebrava o casamento do filho mais novo do Príncipe de Esterházy, mas acabou por converter-se no sóbrio 1.º andamento da Sinfonia N.º 63.
Programa:
- HaydnAbertura da ópera Il mondo della luna
- HaydnSinfonia N.º 101, O Relógio
- A. MozartSinfonia N.º 41, Júpiter
Direção Musical: Jean-Marc Burfin e/ou Alunos de Direção de Orquestra – ANSO
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