“Alimentação em Transformação – Conversas sobre Consumo, Dietas e Sustentabilidade” foi o tema da conferência organizada pelo grupo de Nutrição da NOVA Saúde, que juntou especialistas de várias áreas para refletir sobre os desafios da alimentação atual e as suas implicações para a saúde pública e o planeta.
A sessão de abertura contou com a leitura do discurso do Pró-Reitor coordenador da NOVA Saúde, Cláudio Soares, ali representado por Luís Pereira da Silva, médico pediatra e cocoordenador do grupo de Nutrição.
As suas palavras destacaram a importância da colaboração entre as diferentes unidades orgânicas da NOVA – espalhadas por Lisboa, Almada, Oeiras e Cascais – para desenvolver soluções interdisciplinares no campo da Saúde. “Esta é uma das conferências mais diversas a que assisto no âmbito da NOVA Saúde”, sublinhou, agradecendo o empenho da equipa organizadora e reforçando o papel dos oito grupos temáticos da NOVA Saúde, entre os quais se inclui o da Nutrição.
A revolução no prato e a ciência por trás do sabor
Na primeira mesa-redonda, “A Revolução no Prato: O que tem mudado nas Nossas Dietas?”, a conversa centrou-se no impacto da biotecnologia, do melhoramento vegetal e da evolução cultural do paladar humano. Participaram investigadoras e investigadores de várias unidades da NOVA, incluindo o ITQB NOVA, ENSP NOVA, NMS e NOVA FCSH. A moderação ficou a cargo de Iva Pires, investigadora da NOVA FCSH.
Entre os temas debatidos estiveram o papel das plantas melhoradas na diversificação alimentar (Carlota Vaz Patto/ITQB NOVA), as aplicações da biotecnologia na criação de alimentos mais sustentáveis (Rita Abranches/ITQB/NOVA), e a possibilidade de reeducar o gosto (Inês de Ornellas e Castro/NOVA FCSH), desde que essa mudança seja adaptada às motivações e perfis individuais dos consumidores (Inês Mota/NMS e Cristina Godinho/ENSP NOVA).
Influências à mesa: entre a comunicação, a educação e a mudança de hábitos
Na segunda mesa-redonda, “À mesa com as influências: o que molda as nossas escolhas alimentares?”, refletiu-se sobre o papel da comunicação, da cultura e da educação alimentar. Ana Margarida Barreto (NOVA FCSH) analisou o impacto da comunicação social nas escolhas de consumo; Iva Pires abordou a normalização do desperdício alimentar; Luís Pereira da Silva sublinhou a importância de educar o paladar desde a infância; e Catarina Espanhol (EUREST Portugal) defendeu abordagens mais integradas, que informem e formem os cidadãos.
A sessão terminou com a certeza de que transformar a alimentação exige diálogo entre disciplinas, sectores e gerações. E foi precisamente esse espírito de partilha e colaboração que marcou esta primeira conferência organizada pelo grupo de Nutrição da NOVA Saúde.