A Universidade NOVA de Lisboa volta a destacar-se na investigação de excelência, com dois projetos financiados no âmbito do programa EIC Pathfinder Open 2025, uma das mais importantes iniciativas da Comissão Europeia para apoiar ciência visionária e inovação disruptiva.
Entre mais de duas mil candidaturas submetidas, apenas 44 projetos foram selecionados em toda a Europa, dois dos quais com a participação da NOVA: um do ITQB NOVA e outro da NOVA FCT.
Asal Kiazadeh e Emanuel Carlos, investigadores da NOVA FCT – CENIMAT|i3N, integram o projeto GAIA, que propõe uma nova geração de Internet das Coisas (IoT) baseada em eletrónica biodegradável e comunicação envolvente. O GAIA tem como objetivo desenvolver uma nova classe de sistemas microeletrónicos transientes, caracterizados pelo baixo consumo energético e pela integração simples em infraestruturas de IoT já existentes. A equipa pretende desenvolver dispositivos sustentáveis, sem baterias e com impacto ambiental nulo, respondendo a uma das maiores preocupações da atualidade: a sustentabilidade no setor tecnológico. A NOVA FCT coordena o pacote de trabalho dedicado aos princípios de energia, deteção e comunicação, concentrando-se no desenvolvimento de componentes eletrónicos de baixo consumo e elevada eficiência energética, fabricados em substratos biodegradáveis, contando com um financiamento de 522 mil euros.
James Yates, investigador do ITQB NOVA, integra o projeto RamanProSeq. O consórcio vai desenvolver uma tecnologia capaz de ler e sequenciar proteínas individuais com uma precisão superior a 99,9%, mesmo em quantidades muito pequenas. Esta abordagem poderá permitir, no futuro, detetar alterações nas proteínas associadas a doenças, abrindo novas possibilidades para o diagnóstico biomédico e para transformar a medicina personalizada. O financiamento para o ITQB NOVA é de 261 mil euros.
O EIC Pathfinder, inserido no European Innovation Council, financia projetos de investigação científica que exploram ideias pioneiras com potencial de transformar a ciência e a economia europeia. Na edição de 2025, o programa atribuiu 140 milhões de euros a projetos em toda a Europa, com 4,2 milhões de euros destinados a instituições portuguesas, o que representa uma taxa de sucesso nacional de 2,22%, superior à média global.
“Estes resultados confirmam o elevado nível de competitividade e excelência científica da NOVA, distinguindo-se pela capacidade de desenvolver investigação criativa e visionária. Estas bases científicas para tecnologias revolucionárias irão contribuir para criar soluções de impacto global na sociedade”, afirma Cecília Roque, Vice-Reitora da NOVA para Investigação e Formação Avançada.
Com estes dois financiamentos, a NOVA reforça a sua presença no espaço europeu de investigação e inovação, consolidando o seu papel de liderança em ciência de ponta e colaboração internacional.