pixel Era um dos maiores historiadores e curadores da memória nacional: NOVA destaca papel de José Mattoso na promoção da cultura portuguesa  | Universidade NOVA de Lisboa

Era um dos maiores historiadores e curadores da memória nacional: NOVA destaca papel de José Mattoso na promoção da cultura portuguesa 

Foi com profundo pesar que a Universidade NOVA de Lisboa recebeu a notícia da morte do catedrático jubilado da NOVA FCSH (1933-2023)

“Portugal perdeu um dos seus maiores historiadores e curadores da memória nacional. O Professor José Mattoso foi um brilhante pensador, reconhecido internacionalmente, que considerava a História como "base do conhecimento da condição humana", tendo ele próprio contribuído de forma marcante para a História da nossa Universidade e, muito em particular, da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas”, sublinhou o Reitor da Universidade NOVA de Lisboa, João Sàágua, perante a notícia do desaparecimento de José Mattoso, aos 90 anos.  

Já jubilado, depois de ter sido, durante muitos anos, docente no Departamento de História da NOVA FCSH, José Mattoso teve um importante papel quer na fase inicial, quer na consolidação da nossa Faculdade e no prestígio que ela veio a granjear tanto no País como no estrangeiro.  

Na Licenciatura em História, na criação do Mestrado em História Medieval e na orientação de Doutoramentos contribuiu para a formação de várias gerações de estudantes, investigadores e docentes da NOVA FCSH. Integrou a Comissão Instaladora (1977-1982), foi Presidente do Conselho Científico (1984) e Diretor da Faculdade (1986-1987), bem como Vice-Reitor da Universidade Nova (1991-1995). Já retirado da docência, teve ainda uma decisiva intervenção na criação do Instituto de Estudos Medievais, tendo sido diretor da revista online Medievalista

Fora da Faculdade, desempenhou vários cargos oficiais: Coordenador da Comissão para a Reforma e Reestruturação do Arquivo Nacional da Torre do Tombo (1986-1988), Presidente do Instituto Português de Arquivos (1988-1990), Diretor do Instituto dos Arquivos Nacionais / Torre do Tombo (1996-1998) e Vice-Presidente do Conselho Superior de Arquivos (1999). No desempenho destes cargos, o seu papel foi fundamental na renovação da política nacional de arquivos e na consequente implementação de práticas consentâneas com as mais atualizadas orientações internacionais sobre a conservação e disponibilização de património documental. 

Recebeu numerosos prémios pelo reconhecimento da sua atividade científica e cultural, entre os quais se destacam o Prémio Augusto Botelho da Costa Veiga, da Academia Portuguesa da História (1982), o Prémio de História Medieval Alfredo Pimenta, Fundação Calouste Gulbenkian (1985), o Prémio de Ensaio do Pen Clube (1986), o Prémio Pessoa, do jornal Expresso/Unisys (1987), o Prix Böhus-Szögyény, da Confédération Internationale de Généalogie et d’Héraldique (1991), o Troféu Latino, da União Latina (2007), o Prémio Árvore da Vida – Padre Manuel Antunes, do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura (2019), além do doutoramento Honoris Causa da Universidade de Lisboa (1998). 

A NOVA apresenta as suas mais sentidas condolências aos familiares, amigos e colegas.