"No mundo globalizado e incerto de hoje, quais são as competências do futuro? Quais são aquelas competências que as universidades que fazem a diferença devem ensinar aos seus estudantes? A resposta mais honesta penso ser: “ninguém sabe ao certo”.
Acresce que as universidades não são, hoje, os únicos agentes no terreno, desde as ‘academias das empresas’ aos ‘grandes gigantes digitais’ (a academia Google, por exemplo), há vários candidatos a ministrar conteúdos supostamente (muito) relevantes para o sucesso profissional das novas e futuras gerações.
Neste contexto, cuja complexidade se irá, certamente, agravar, que se espera da NOVA?
Espera-se que faça do ensino presencial a sua marca de excelência – pelos conteúdos e pela experiência humana e social únicas que propícia –; que faça da transformação digital da sala de aula uma oportunidade para ter um ensino presencial menos expositivo, porque reenviou esses conteúdos para ‘stand alone’ numa sala de aula digital, e mais internacional, onde um grande professor que está em Oxford, por exemplo, participa, de forma síncrona, numa aula a decorrer em Campolide, Carcavelos ou na Caparica; que guie a participação mais activa dos estudantes para o desenvolvimento de projectos em equipa e interdisciplinares que ‘respondam’ aos grandes desafios da sociedade de hoje; que ofereça uma ‘educação comum’ aos seus estudantes em áreas irreversíveis e incontornáveis como as competências digitais (em programação e big data, por exemplo), em sustentabilidade (climática, social e de saúde global) e em empreendedorismo (pois muitos deles terão que criar o seu próprio trabalho); por fim, que para além dos conhecimentos e “hard skills” essenciais, próprios dos ciclos de estudos que estão a cursar, lhes seja estimulada a capacidade de resolução de problemas, a criatividade e o pensamento crítico, ou seja, os “soft skills” e as competências que lhes permitam enfrentar os desafios do futuro e servir melhor a sociedade.
Irá a NOVA fazer tudo isto? Na “lógica do Reitor” a resposta é, certamente, “sim”. Como e quando? Não percam os próximo desenvolvimentos…"