A Inovação Socio-Territorial é uma área em que a NOVA decidiu apostar de forma determinante. E fê-lo porque, na sociedade portuguesa existe hoje um elevado número de necessidades, de vulnerabilidades e de potencialidades, de âmbito social e territorial, que carecem de um novo tipo de visões, de perspetivas, e de respostas. Aspectos para os quais as universidades podem, e devem, dar um importante contributo.
Em áreas tão fundamentais como a Habitação, a Mobilidade ou a Alimentação e, em termos mais gerais, na Qualidade de Vida e Bem-estar das populações, são evidentes os défices de conhecimento integrado, multidisciplinar, bem como de consequente ação social e política.
Esta situação agudiza-se à medida que enfrentamos mudanças significativas nas nossas sociedades. Vivemos hoje um processo de transição de paradigmas sociais, económicos, culturais, ecológicos, com a reformulação de múltiplas fronteiras, às mais diversas escalas, e com várias tendências em curso: do teletrabalho aos serviços digitais personalizados; das redes comunitárias aos consumos mais ecológicos; das mobilidades suaves às novas relações entre urbano e rural. Tendências que, gradualmente, desenvolverão novas formas de habitar, de trabalhar e de conviver nas nossas sociedades.
Com as sucessivas crises que temos vivido, os tempos mais recentes parecem ter sido mais tempos de urgência que de transformação. Mas, todos os tempos, sejam eles pré-covid e pós-covid, pré-guerra, guerra, ou de transição e de transformação, contribuem para o tempo futuro.
Concretizando a sua missão de criar valor e ter impacto através do conhecimento, a NOVA está empenhada em desenvolver de forma colaborativa propostas e ações inovadoras, capazes de contribuir para um para um futuro mais coeso, integrado e sustentável da comunidade académica e da sociedade.
Em 2022, criei na Reitoria um pelouro dedicado à Inovação Socio-Territorial ao qual foram definidos três objetivos:
1. Potenciar os recursos existentes na NOVA para desenvolver processos de Inovação Social e Territorial.
2. Começar por focar essas iniciativas no bem-estar das comunidades da NOVA e nos seus diversos Campi, evoluindo depois para a escala metropolitana de Lisboa, para o Campus Sul e para a Aliança Europeia “EUTOPIA”.
3. Fomentar impactos transformadores nas comunidades e nos territórios onde a NOVA opera, fazendo-o através de projetos âncora inovadores, em colaboração com agentes sociais e territoriais, com vista a um desenvolvimento social integrado e sustentável.
Estas estratégias têm estado paulatinamente a consolidar-se. Tal como acontece com todos os grandes desafios da sociedade atual, o sucesso da NOVA na promoção da inovação socio-territorial dependerá criticamente da nossa capacidade de estabelecer dinâmicas de colaboração desde logo dentro da universidade e, depois, com diferentes agentes sociais e territoriais, de forma a ampliar as perspetivas, os conhecimentos e os recursos necessários para criar mudanças positivas e sustentáveis.