NOVA em destaque no Ciência 2025: “Sem investigação científica, não há progresso transformador, motor de tantas mudanças económicas e sociais”

10 de Julho, 2025

“Receber este encontro nacional da ciência portuguesa na nossa casa é motivo de orgulho e responsabilidade. A ciência, a inovação e a educação nelas baseada são os alicerces sobre os quais construímos não apenas universidades de excelência, mas também sociedades mais justas, mais sustentáveis e mais preparadas para os desafios do futuro”, destacou Isabel Rocha, Vice-Reitora da NOVA com o pelouro da Investigação e Criação de Valor na universidade, no momento de dar as boas-vindas ao Ciência 2025, cuja edição decorreu na Nova School of Business and Economics, em Carcavelos, dedicada ao tema “Ciência, Inovação e Sociedade”.  

“Trata-se de um tema que convida à reflexão profunda sobre o papel estruturante da ciência no desenvolvimento das sociedades contemporâneas. Sem ciência não há inovação disruptiva, responsável por tantas transformações económicas e societais”, rematou lembrando que “os cientistas têm o dever de trazer a ciência à sociedade e ajudar nos processos de escolha e tomada de decisão informada, também em política”. 

Organizado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia e pela Ciência Viva, com a colaboração da NOVA, o encontro reuniu mais de 200 oradores, dezenas de sessões científicas e contou com a presença destacada da Comissão Europeia, sublinhando assim o papel central que Portugal continua a desempenhar na construção do Espaço Europeu da Investigação.

O início do evento contou ainda com a presença do vereador da autarquia de Cascais, Alexandre Faria, que deixou umas palavras de incentivo, e logo depois Vera Aldeias, investigadora da Universidade do Algarve e comissária do encontro com o professor da Nova SBE Pedro Pita Barros. “Portugal tem sido um exemplo de inovação e resiliência e ciência”, destacou, acrescentando ainda a necessidade de “ter coragem para discutir os desafios que temos pela frente no nosso país”.

Rosalia Vargas, presidente da rede de Centros de Ciência Viva – que acaba de lançar mais um “Ciência Viva no Verão” – fez, depois, questão de assinalar a importância da comunidade científica: “Sem ciência não há futuro, daí que seja preciso regar bem estas sementes”.

O palco foi depois de Madalena Alves, responsável máxima da Fundação para a Ciência e Tecnologia, a lembrar o apoio inquestionável a toda a investigação – quer tenha aplicação imediata ou no futuro.

A finalizar a sessão de abertura esteve Helena Canhão, ex-diretora da NOVA Medical School e atual secretária de Estado da Ciência e Inovação, que depois de anunciar a revisão da legislação na área, frisou: “É da maior importância que, como Estado, façamos a nossa contribuição para uma Europa que, em tempos de incerteza, se mantenha sólida e solidária como referência de democracia e liberdade”.

O início dos trabalhos foi ainda precedido da comunicação inspiradora de Nuno Prego Ramos, fundador e CEO da Valvian – o novo nome da CellmAbs, spin-off da NOVA que protagonizou o acordo feito com a BioNTech, licenciando tecnologia da NOVA para o tratamento do cancro.

Sob o título “A Inovação Científica Portuguesa no Âmbito Internacional: Da Investigação à Aplicação”, o primeiro orador convidado assinalou a importância da ambição em ciência, revelando como o conhecimento de laboratório se converte em soluções de elevado valor – como aconteceu com aquela que é considerada a mais bem-sucedida spin-off portuguesa na área da biotecnologia e ciências da vida, que atingiu reconhecimento mundial.

 

Inovação disruptiva e diálogos transdisciplinares

Duas sessões paralelas, nos outros dias do evento, contaram igualmente com a presença de Isabel Rocha. A primeira, “Deeptech – da Ciência às Startups Deeptech”, abordou o papel das empresas emergentes de base científica na criação de inovação radical, com a participação de António Teixeira (PICadvanced) e Alexandra Santos (Alea Capital Partners). A segunda, “Diálogos transdisciplinares em tempos de incerteza”, contou com Verónica Policarpo (ICS – Universidade de Lisboa) e Carlos Santos Silva (LARSyS e IST – Universidade de Lisboa), e refletiu sobre a importância da colaboração entre áreas do saber em contextos complexos e incertos.

Durante os três dias do encontro, o stand da NOVA apresentou uma seleção diversificada de projetos de investigação desenvolvidos nas suas várias unidades académicas, demonstrando a amplitude e o impacto do trabalho científico da universidade:

Intelligent Olfactation – NOVA FCT (Ana Cecília Roque, Carina Esteves, Susana Palma)
NOVA Cidade – NOVA IMS (Miguel de Castro Neto, Duarte Rodrigues)
Património Cultural 360º – NOVA FCT (Sara Sá, Kiara Ventura)
Medieval – NOVA FCSH (Carlos Filipe Alves)
Haddad – Nova SBE (Euclides Major)
COPE – ITQB NOVA (Carlos J. S. Moreira, Catarina Araújo)
ColorAmp – ITQB NOVA (Catarina Amaral, Catarina Pimentel)
NOVA Skin – NOVA Medical School (Duarte Barral, Inês Fonseca)
BLOODless – IHMT NOVA (Henrique Silveira, Joana Marques)
Social Prescribing Portugal – ENSP NOVA (Alan Assunção, Margarida Pereira)
Mosquito WEB – IHMT NOVA (Carla A. Sousa, Filipe Lopes, Teresa Novo)