Prémio de Inovação Pedagógica 2024: saiba aqui mais sobre os projetos distinguidos 

13 de Novembro, 2024

Este Dia da NOVA 2024, dedicado ao tema “Inspirar e Construir”, foi também palco da entrega da 3ª edição do Prémio de Inovação Pedagógica.  

 A criação deste Prémio foi anunciada pelo Reitor da NOVA, João Sàágua, no primeiro NOVA Quality Day, em 2021, inspirado nessa missão da universidade que é promover um ensino de qualidade – em todos os ciclos de estudo, através de académicos de excelência, capazes de proporcionar uma experiência de ensino transformacional e intelectualmente desafiadora para os seus estudantes.  

Já na sua 3ª edição, é neste contexto que agora se distinguiu o trabalho “Can the Flipped-Classroom Methodology Make the Bioenergy Teaching & Learning Processes More Engaging?” (ou Poderá a metodologia da sala de aula invertida tornar os processos de ensino e aprendizagem da bioenergia mais envolventes”), apresentado a concurso pela equipa constituída por Nuno Lapa, Inês Matos e Márcia Ventura.  

A equipa daquele professor assistente e investigadoras da NOVA FCT escolheu a abordagem da sala de aula invertida – que incentiva a exploração individual e independente dos tópicos antes das aulas, sendo o tempo de aula utilizado para discussões ativas – para implementar uma série aspetos absolutamente inovadores que promovem um maior envolvimento dos estudantes e uma interação mais eficaz com os seus professores. Além disso, o processo permite aos estudantes gerir o seu tempo de forma mais eficiente, provocando ainda um maior interesse pelas sessões presenciais.  

Menções honrosas para projetos da NOVA IMS, NOVA School of Law e Nova SBE 

A primeira das Menções Honrosas foi para Marco Painho e Vicente Tang, da NOVA IMS. Com o nome “Blending the Flipped Classroom and Generative AI: personalized chatbots to support flipped learning, foster critical thinking and promote AI literacy” (“Combinando a sala de aula invertida e a IA generativa: chatbots personalizados para apoiar a aprendizagem invertida, promover o pensamento crítico e promover a literacia em IA).  

O seu projeto tinha como objetivo conceber um ambiente pedagógico que combinasse a sala de aula invertida e chatbots personalizados para diferentes tipos de aprendizagem. Como explicaram os autores, no processo de candidatura, este estudo piloto recorreu à utilização de chatbots no curso não só para prestar assistência, mas também para criar um canal de discussão sobre a engenharia de prompts, o pensamento crítico e as implicações mais amplas dos conteúdos gerados por IA. 

A segunda Menção Honrosa foi atribuída ao projeto de Filipe Brito Bastos, professor da NOVA School of LAW. Intitulado “From the Station to the Lecture Hall – An Administrative Law Podcast” (Da Estação ao Anfiteatro – um podcast de Direito Administrativo), o projeto remete para um podcast disponível no Spotify (link aqui) que tem como objetivo tornar o Direito Administrativo menos intimidante. 

O processo é relativamente simples: é pedido aos estudantes finalistas que desenvolvam e gravem palestras sobre os conteúdos do curso para os seus colegas que estão a frequentar a aula pela primeira vez. A regra que não pode ser quebrada é que os episódios devem ser tão curtos e simples que os alunos os possam ouvir entre a estação de metro de São Sebastião (a estação mais utilizada pelos alunos da NOVA School of Law), e as salas de aulas. A inspiração? As preocupações dos alunos que lhe chegaram, informalmente e nas avaliações, e ainda o Workshop de Inovação Pedagógica da NOVA, que decorreu há dois anos no semestre que a NOVA dedicou ao tema.  

A terceira Menção Honrosa foi atribuída a Marta Almeida, da Nova SBE, que apresentou o projeto “Gaming in Accounting Teaching” (Os jogos no ensino da contabilidade), que tinha como objetivo contrariar a perceção geral de que a contabilidade é uma disciplina difícil, frequentemente considerada demasiado técnica, levando a uma falta de interesse e entusiasmo pelos cursos da área.  

Ao introduzir a gamificação como ferramenta de ensino, explicou a autora, foi possível tornar o processo de aprendizagem mais interativos e agradável. O segundo objetivo era, claro, melhorar os resultados da aprendizagem ativa. Centrando-se na integração de tecnologia imersiva, que transformou um estudo de caso em papel num formato digital, foi possível também aumentar o envolvimento e a aprendizagem dos alunos.