O ensino em saúde pública enfrenta atualmente, como outras áreas, desafios evidentes, igualmente traduzidos em oportunidades de crescimento e melhoria. A complexidade das doenças crónicas, as alterações climáticas, o envelhecimento da população, a urgência na aposta da promoção da saúde, aliados às oportunidades proporcionadas pelo avanço tecnológico, instigam-nos a repensar a preparação dos futuros profissionais em saúde, reflexão que precisa de ser feita envolvendo as organizações e as comunidades.
Precisamos estimular o desenvolvimento de novas competências e formar profissionais que não só compreendam os fundamentos e desafios da saúde pública numa era digital, mas que estejam aptos a liderar a mudança, que sejam empreendedores, comprometidos com o desenvolvimento sustentável, mas também com cuidados centrados na pessoa e na justiça social. Esta dinâmica desafia-nos a inovar e a adotar novas estratégias no ensino em saúde pública, com modelos interdisciplinares, inclusão de tecnologia avançada, simuladores, casos reais, entre vários outros.
O processo de globalização incita também a inclusão de experiências internacionais, as quais enriquecem o ambiente cultural e promovem a compreensão intercultural, contribuindo para a coesão social e redução das desigualdades em saúde. É ainda relevante o compromisso contínuo em integrar o ensino com a investigação e a inovação com um modelo holístico de saúde, traduzido na criação de soluções inovadoras para enfrentar os desafios complexos da saúde pública global.