SMART REGION – Construir comunidades e promover a coesão territorial com base em dados

NOVA IMS – NOVA Cidade – Urban Analytics Lab

Investigador:

Miguel de Castro Neto

Principal Área Científica:

Ciências Exatas, Ciências Naturais e Ciências Sociais

Tipos de Impacto:

Academic, Cultural, Economic, Educational, Environmental, Political, Social and Technological

ODS:

3, 4, 8, 9, 10, 11,12, 13, 15 and 16

Metas dos ODS:

3.6, 4.4, 8.3, 8.9, 9.2; 9.3, 10.4, 10.6, 11.2; 11.3; 11.4, 11.6, 11.a, 11.b, 12.5, 12.b, 13.2, 13.3, 13.b, 15.9, 16.6, 16.7,16.10, 16.b

Smart Region é uma plataforma territorial analítica integrada concebida para mudar o paradigma das políticas públicas baseadas em dados. 

A Comunidade Intermunicipal do Oeste é a prova de conceito do Smart Region para monitorização em tempo real das dinâmicas do território e dos impactos das políticas. 

Smart Region utiliza business inteligence, ciência de dados e sistemas de informação geográfica, combinando diversas fontes de dados. 

Os Presidentes de Câmara do Oeste podem supervisionar instantaneamente questões e avaliar os impactos dos eventos. 

Num contexto de rápida mudança tecnológica, a possibilidade de usar dados para criar valor para a sociedade e aplicar processos de conhecimento e descoberta analítica a políticas públicas baseadas em dados pode ter um enorme impacto no planeamento regional. O projeto Smart Region, já aplicado na Região Oeste (Portugal), é uma plataforma territorial analítica integrada concebida para mudar o paradigma de como as autoridades locais irão gerir políticas públicas apoiadas na tomada de decisões baseadas em dados. 

O projeto Smart Region da NOVA IMS concebeu e testou um modelo que pode promover políticas públicas locais baseadas em dados nas suas diferentes fases, onde as intervenções são fundamentadas em factos utilizando dados e capacidades de processamento integradas numa plataforma analítica, com atualização automática. Esta plataforma integra dados de múltiplas fontes, nomeadamente de municípios e entidades externas, que permite atualmente a adoção de uma abordagem analítica no planeamento regional, juntamente com a criação de novos produtos e serviços para os cidadãos dos 12 municípios da Comunidade Intermunicipal do Oeste (CIM Oeste). Apoiados pela infraestrutura de dados integrada que foi construída, foi possível desenvolver vários relatórios dinâmicos e dashboards para produzir uma compreensão mais profunda do metabolismo da região e usar esse conhecimento para identificar as oportunidades e desafios enfrentados pelas autoridades locais, com a informação sobre o impacto económico, social e ambiental, alinhada com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Todos estes relatórios foram então incorporados na plataforma Smart Region, onde o acesso pode ser concedido a presidentes de câmara, serviços técnicos municipais e cidadãos em geral. 

Entre as possibilidades do piloto Oeste Smart Region está a capacidade de analisar quanto dinheiro foi gasto ao longo do tempo e do espaço, em que atividade e por quem, ou como está a funcionar o sistema de transportes públicos da CIM Oeste. Além disso, informações sobre empresas, alojamento local para turistas, recolha de resíduos e emissões de gases de efeito estufa (GEE) por município também estão disponíveis em relatórios que contribuem para a compreensão do tecido empresarial, da pressão do alojamento local, da gestão de resíduos e das mudanças climáticas na região.  

Neste projeto, as autoridades locais envolvidas receberam formação que aumentou o seu conhecimento sobre gestão de dados, gestão de infraestruturas de dados geográficos e capacidades analíticas para garantir sustentabilidade e resiliência após o término do período de financiamento. O impacto mais relevante e direto do projeto foi a capacidade de entregar uma plataforma que pode suportar a criação de novos produtos e serviços de informação, tanto para políticos quanto para técnicos, o que levou a uma mudança na forma como as intervenções públicas foram desenhadas e avaliadas, melhorando a eficiência no uso dos recursos, levando a níveis mais altos de bem-estar para as pessoas e maiores oportunidades de desenvolvimento económico. 

Sendo verdade que a nível nacional o impacto é muito significativo, o que é confirmado pelo alinhamento desta abordagem com a estratégia nacional para territórios inteligentes, e também pelo facto de outras CIMs já terem se envolvido com o NOVA Cidade – Urban Analytics Lab para aplicar o modelo Smart Region, a equipa do Smart Region está agora também a internacionalizar-se, estando no processo de assinar um acordo de cooperação para levá-lo até ao Brasil. Este reconhecimento internacional é também confirmado pelo Prémio ESRI SAG que o NOVA Cidade – Urban Analytics Lab recebeu em 2023, na Conferência Mundial Anual da ESRI, em San Diego, um evento que reuniu mais de 40 mil pessoas de todo o mundo e mostrou quais as principais tendências e histórias de sucesso na área.  

Em conjunto, baseado numa combinação de inteligência empresarial, ciência de dados e sistemas de informação geográfica, o projeto Smart Region capacitou os presidentes de câmara do Oeste a monitorizar, em tempo real, as dinâmicas do território e o impacto das intervenções de políticas públicas.

 

A emergência da dupla transição verde e digital, juntamente com a busca do bem-estar e da qualidade de vida das pessoas, que são o foco da ação do governo local, impõem um novo modelo para desenhar, executar, monitorizar e avaliar políticas públicas que o gêmeo digital do Oeste, desenvolvido no âmbito do projeto Smart Region, colocou ao serviço da nossa comunidade, contribuindo assim de forma inquestionável para a construção da coesão territorial.

Paulo Simões, Secretário Executivo da Comunidade Intermunicipal do Oeste

O Smart Region surge da experiência na construção de cidades inteligentes e sustentáveis adquirida pelo NOVA Cidade – Urban Analytics Lab nos últimos anos, o que nos permitiu desenhar um modelo de gêmeo digital capaz de enfrentar os novos desafios dos territórios e comunidades, e testámo-lo com sucesso inquestionável na região Oeste.

Miguel de Castro Neto, coordenador do projeto e Diretor da NOVA IMS