Balanço de um ano vibrante com os olhos postos no futuro
.Em 2023, a Universidade NOVA de Lisboa celebrou o 50.º aniversário da sua fundação.
Ao longo de cinco décadas, cada uma das pessoas que aqui estudaram ou estudam, aqui trabalharam ou trabalham, aqui ensinaram ou ensinam e aqui investigaram ou investigam, contribuiu para fazer da NOVA o que ela é hoje: uma comunidade unida pelo propósito comum de formar talentos, inspirar avanços científicos e servir a sociedade através do conhecimento.
Como Reitor, e também como membro desta comunidade há já 43 anos, é com profunda emoção e gratidão que olho para trás, e para o lado, e constato a evolução extraordinária da nossa Universidade desde os primeiros anos, em que se estava ainda a tentar afirmar pela diferença e ambição do seu projeto académico, até aos dias de hoje onde já se consolidou como exemplo de excelência a nível nacional e como referência a nível internacional na produção e transmissão de conhecimento, e na criação de valor para a sociedade.
Olhando, com orgulho, para as conquistas do passado e, com confiança, para os projetos ambiciosos e inovadores do presente, penso no futuro da NOVA, daqui a 50 anos, como vibrante, inspirador e sustentável.
Com um ensino flexível, orientado para as necessidades e desafios da sociedade, onde os ciclos de estudos são uma combinação entre as competências, “hard” e “soft”, essenciais para esse fim e os próprios interesses dos estudantes. Um ensino ministrado para pessoas de todo o mundo e em todo mundo, pelo melhor talento nacional e internacional; baseado em modelos de aprendizagem que estimulam o trabalho de projecto e em equipa e que ocorre em salas híbridas, equipadas com a tecnologia necessária que permita aulas holográficas e a ligação a estudantes e professores de todo o mundo, mas também salas de aula virtuais, plataformas onde estão em permanência os conteúdos de suporte necessários às aulas presenciais e que servem ainda de interface de comunicação aberta e fluida entre estudantes e professores.
Uma investigação onde a maioria dos projetos e resultados respondem aos grandes desafios mundiais e, por isso, envolvem equipas multidisciplinares e multi-institucionais à escala global. Que descobre curas para doenças hoje
incuráveis, que desenha soluções novas e eficazes para os grandes problemas sociais e económicos, que desenvolve tecnologias que hoje nem imaginamos e as põe ao serviço de um mundo melhor, e que inclui também a criação e fruição cultural e artística.
Uma inovação concretizada nas comunidades de proximidade, mas também de maneira mais virtual e mais remota, alcançando não só as populações a nível local e regional, mas o mundo inteiro. Que produz soluções inéditas para problemas reais a nível global, e com impacto verdadeiramente transformador em áreas como a Agricultura Sustentável, Oceanos, Energia Renovável, Saúde Global, ou Sustentabilidade das Cidades e das Comunidades.
Mais holisticamente, uma Universidade Nova onde todas e todos, sem excepção, se sentem parte de uma comunidade inspiradora e segura, que promove o seu talento e valoriza a riqueza que advém das suas diferenças. Que reflete a diversidade do mundo e onde a intersecção de ideias, culturas e perspectivas é celebrada e incentivada, mostrando que a diversidade, em toda a sua pluralidade, é uma das grandes forças das universidades e das sociedades do futuro. Um NOVA sem silos nem barreiras, e onde ninguém com talento e vontade fica de fora.
Este é o futuro que imagino para a nossa universidade. E, como se chega lá? Com tempo, espaço e, sobretudo, o compromisso de que aquilo que imaginamos para o futuro não é uma utopia, mas uma realidade ao nosso alcance, se para tal trabalharmos arduamente.
Ao longo deste ano, sucederam-se várias iniciativas académicas e culturais, envolvendo a participação de toda a Universidade para festejar os 50 anos da NOVA. Graças a esse entusiasmo criou-se uma dinâmica vibrante que provou ser benéfica para a comunidade interna e externa da NOVA e que, por isso mesmo, não deve cessar com o término deste ano, mas tornar-se, de agora em diante, parte inerente da vida dos nossos campi.
A continuidade dessa energia positiva ajudará a fortalecer os laços entre a Universidade e as pessoas que dela fazem parte, e a manter a Comunidade NOVA unida e comprometida com os desafios inerentes à sua missão.