A NOVA Medical School inaugurou oficialmente esta segunda-feira (dia 16) o edifício de Formação Avançada, primeira fase do novo campus em Carcavelos, um projeto estratégico que vai transformar profundamente o ensino, a investigação e a inovação em saúde em Portugal.
Com um investimento global de 50 milhões de euros e uma área total de 25 500 m², o campus da NOVA Medical School de Carcavelos será desenvolvido em diferentes fases até 2028, reunindo ensino pré e pós-graduado, investigação biomédica, empreendedorismo, prestação de cuidados e atividades de ligação à comunidade. Mais do que um edifício, esta inauguração representa o início de uma nova centralidade para a saúde em Portugal, ancorada nos princípios da excelência científica, inovação pedagógica e responsabilidade social.
Ana Paula Martins, ministra da Saúde, fez questão de sublinhar a importância do projeto para o desenvolvimento do País: “Os médicos que aqui se formarem terão uma missão de futuro, pois são eles que o vão construir em benefício das pessoas e das comunidades. O País necessita destes projetos, que aproximam Portugal daquilo que todos nós desejamos. Neste novo capítulo, que possam escrever uma boa parte daquilo que será a educação médica e o ensino da saúde em Portugal”.
Para o presidente da Câmara Municipal de Cascais, Carlos Carreiras, este projeto é “mais um passo decisivo rumo ao futuro”. “Este novo polo académico e científico representa a continuidade de uma estratégia clara: atrair talento, conhecimento e inovação. Mais do que edifícios ou números, falamos de pessoas. Falamos de garantir saúde, proximidade e dignidade, com decisões nas políticas públicas assentes na ciência e no conhecimento para todos os que vivem em Cascais”.
“Este novo campus da NOVA Medical School é um exemplo claro da ambição da NOVA, uma universidade global, que aposta na excelência e na inovação com impacto na sociedade. Este é um espaço que integra ciência, ensino e saúde e que coloca Portugal na linha da frente da formação médica europeia”, sublinha o reitor da Universidade NOVA de Lisboa, João Sàágua.
“A inauguração deste edifício da Formação Avançada da NOVA Medical School é um marco importante da Escola do Futuro que estamos a construir — uma escola mais aberta, colaborativa, centrada no estudante e profundamente ligada à sociedade. Este campus é uma plataforma para repensar a forma como formamos médicos e profissionais de saúde, com base na interdisciplinaridade, na inovação tecnológica e numa visão humanista da medicina que muito nos orgulha. Este é um momento importante para agradecemos aos nossos parceiros institucionais – públicos e privados – que são a base de tudo aquilo que já nasceu e que ainda irá nascer aqui”, afirmou o diretor interino da NOVA Medical School, Miguel Xavier.
O novo edifício de Formação Avançada, com mais de 4.000 m², 12 salas de aprendizagem modulares, 8 laboratórios de simulação clínica, um teatro anatómico com 12 estações, e um centro de treino cirúrgico moderno, é o primeiro pilar do novo campus. Dedicado à formação pós-graduada, à investigação e à inovação, este espaço materializa uma abordagem centrada no estudante, com ambientes flexíveis, colaborativos e tecnologicamente avançados. Os laboratórios incluem manequins robóticos e doentes simulados, e o teatro anatómico recorre às mais recentes tecnologias para treino em cadáver, promovendo uma aprendizagem realista e segura.
Este novo edifício traduz a aposta da NOVA Medical School na formação ao longo da vida, reconhecendo a crescente complexidade da prática médica. Ao criar um polo de excelência para a atualização e especialização de profissionais de saúde, a Escola reforça o seu posicionamento como uma instituição de referência nacional e internacional.
A apresentação do novo campus decorreu perante uma audiência composta pela ministra da Saúde, Ana Paula Martins, e por autarcas, parceiros institucionais e representantes dos setores da saúde, ciência e educação. Foi destacado o papel fundamental dos doadores neste projeto, com envolvimento da Câmara Municipal de Cascais, CUF, Bial, Germano de Sousa, Fundação Haddad, Grupo Nabeiro-Delta Cafés, Jerónimo Martins/Pingo Doce, Grupo Ribera Salud, entre outros parceiros públicos e privados.
O novo campus será ainda articulado com dois projetos estratégicos em desenvolvimento: o Hospital de Todos-os-Santos (em Lisboa, com abertura prevista para 2027) e o Complexo em Alcabideche, que acolherá inovação, prestação de cuidados, investigação e empreendedorismo em saúde.
A sessão de inauguração incluiu ainda a apresentação de uma obra da artista Joana Vasconcelos, cuja intervenção visa reforçar a dimensão cultural e humanista do campus. A artista portuguesa, com projeção internacional, dará corpo a uma peça que será símbolo da interseção entre arte, ciência e sociedade. O momento contou com a atuação da fadista Kátia Guerreiro, acompanhada pelo Professor Themudo Barata e músicos convidados.
O evento culminou com o descerramento de uma placa comemorativa e visita ao novo edifício, abrindo oficialmente as portas daquilo que será uma escola médica do futuro — global, interdisciplinar, inovadora e ancorada na excelência.