pixel NOVA acolheu encontro da União para o Mediterrâneo: “Perante os desafios do mundo de hoje, a colaboração entre instituições pode fazer toda a diferença” | Universidade NOVA de Lisboa

NOVA acolheu encontro da União para o Mediterrâneo: “Perante os desafios do mundo de hoje, a colaboração entre instituições pode fazer toda a diferença”

“A colaboração entre instituições pode fazer toda a diferença; daí a importância de ter todos à mesma mesa para encontrar semelhanças e diferenças e tentar perceber como podemos cooperar”, salientou o Reitor da Universidade NOVA de Lisboa, João Sàágua, sobre o encontro da União para o Mediterrâneo (UfM) – instituição intergovernamental que reúne os países da União Europeia e ainda 15 países das margens sul e oriental do Mediterrâneo – que decorreu na Reitoria da NOVA, ao longo de todo o dia de quinta-feira, 16. 

“A nossa cooperação com esta região tem décadas e alargou-se com a abertura da NOVA Cairo, o nosso campus internacional no Egipto, em 2022”, precisou ainda o Reitor da NOVA, no início dos trabalhos, assinalando que se trata do único campus de uma universidade portuguesa para lá do território nacional e um marco importante na promoção de uma mudança académica além-fronteiras, criando novas oportunidades na região. “É algo que mostra bem o empenho da Universidade NOVA de Lisboa em construir pontes e juntar estudantes, académicos e staff tanto do Egito como de Portugal, procurando sempre ir mais além.” 

Para lá de enaltecer a autonomia académica, “para que a universidade possa cumprir aquilo a que se propõe, sendo internacionalmente relevante, com impacto local e regional” – e um dos temas a debate neste encontro – o Reitor da NOVA assinalou ainda que, em cima da mesa, está o enorme desafio de uma gestão eficaz. “Cada vez mais temos de procurar as melhores estratégias para atrair talento e os melhores parceiros que nos permitam ter os recursos que precisamos para cumprir a nossa missão.” 

Salientando ainda todo o empenho da NOVA nas questões de género – “faz já quatro anos que a universidade aprovou um Plano para a Igualdade de Género e, mais recentemente, criou um gabinete para promover essas questões” – João Sáágua sublinhou ainda “o quanto a cooperação pode fazer a diferença para alcançarmos, em conjunto, os resultados que nunca seria possível alcançarmos sozinhos: veja-se o exemplo do consórcio nacional que estabelecemos com as universidades do Algarve e de Évora – Campus Sul – que abarca mais de metade do território de Portugal. Ou da EUTOPIA, nome da aliança de 10 universidades europeias de que fazemos parte e que, em conjunto, tem mais de 300 mil estudantes e 2500 académicos, espalhados e ligados por toda a Europa, contando ainda com 6 parceiros globais, entre eles a Universidade de Rabat, em Marrocos. Daí estar imensamente grato pela vossa presença e empenho num encontro que procura fazer mais, e em conjunto, pela nossa região”, rematou.  

Organizada pela UfM, em parceria com a NOVA e a Agência Nacional Erasmus+, a conferência contou ainda com as boas-vindas de Fernando Alexandre, ministro da Educação, Ciência e Inovação, na sessão de abertura, que fez questão de lembrar o papel dos países do Mediterrâneo na história da humanidade. “O Mediterrâneo sempre foi um mar de culturas e civilizações, a sua história apresenta uma troca contínua de saberes e a universidade é uma das suas criações. Hoje, sabemos que é uma região com enormes desigualdades e que enfrenta uma série de desafios sociais, ambientais e económicos. Daí considerar também que as instituições de ensino superior têm um papel muito importante e ainda a enorme responsabilidade de contribuírem para encontrar e propor soluções para esses desafios”.  

Além de assinalar que devem ser “lugares de diversidade, inclusão e liberdade”, e que os governos devem garantir a sua autonomia para que prossigam a sua missão, Fernando Alexandre garantiu ainda o empenho do governo português na cooperação entre as instituições de ensino superior do Mediterrâneo. “Acreditamos que, em encontros como este, é possível impulsionar o trabalho de todos no caminho que ainda temos pela frente, sendo exemplo do que podemos fazer para melhorar a vida das populações nesta região”.  

Seguiu-se a intervenção à distância de Filip Van Depoele, responsável da unidade de cooperação internacional da Comissão Europeia, que expressou o compromisso e apoio contínuo aos países do Sul na criação de melhores oportunidades no ensino superior.  

"A Comissão Europeia apoia veementemente os países do Sul, e considera essencial que continuemos a trabalhar em conjunto para garantir que todos estejam envolvidos e focados no mesmo objetivo. Agradecemos profundamente à União para o Mediterrâneo pelo seu incansável trabalho e dedicação em reunir todas as partes em torno desta causa comum", salientou Depoele.  

O início dos trabalhos foi igualmente marcado pelas declarações de Mamoun Al-Debi’e, assessor do secretário-geral da UFM, que partilhou a experiência da Jordânia tanto na área da autonomia das instituições académicas como na criação de programas que promovem a igualdade de género. "a boa governança realmente exige colaboração entre todos." 

Já Itaf Ben Abdallah, conselheira para o Ensino Superior e Investigação da UfM, fez questão de sublinhar o empenho das universidades portuguesas na matéria. “Governança, internacionalização, igualdade, inclusão, cooperação, são, efetivamente, valores que todos partilhamos e estão em cima da mesa”.