Gabriel Fauré e Antonín Dvořák foram contemporâneos de Gounod, Verdi, Wagner, Brahms e Tchaikovsky. Eles representam a Voz e a Dança neste programa com coro e orquestra. O compositor francês está habitualmente associado a um estilo tranquilo, devoto e intimista. A sua postura criativa conciliava a precisão mais austera da tradição clássica com uma profunda emotividade em que o êxtase e a elegância se confundem. Preferia formatos de pequena dimensão, de que são exemplos as três obras que se juntam neste programa: o registo sedutor de Pavane, de 1886; Les Djinns de 1875, sobre um poema de Victor Hugo; Cantique de Jean Racine, de 1887, uma composição de juventude que permite vislumbrar o famoso Requiem, escrito duas décadas mais tarde. Já a figura de Dvořák não podia ser mais contrastante. É o autor da Sinfonia do Novo Mundo e de tantas obras que celebram a música tradicional do leste europeu, como são as Danças Eslavas.
