Organismo não governamental criado pela Unesco em 1949, o Conselho Internacional para a Filosofia e Ciências Humanas aprovou a cátedra intitulada CIPSH Chair on Digital Humanities in Education. “As Humanidades têm um papel renovado a desempenhar, abordando discursos que se alimentam de medo, desinformação, manipulação de conhecimento, notícias falsas e negação da ciência”, diz o CIPSH em comunicado.
A Cátedra é o resultado de uma parceria entre a NOVA FCSH, a Universidade Aberta e a Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Envolve ainda investigadores, projetos de vários países e instituições não académicas, como o Museu Nacional de Arte Contemporânea e o Instituto Português do Desporto e Juventude.
Na NOVA FCSH, a Cátedra será liderada por Carlos Ceia, professor catedrático desta instituição e diretor do CETAPS - Centre for English, Translation and Anglo-Portuguese Studies. A Cátedra conta ainda com o apoio do Ministério da Educação e financiamento da Fundação para a Ciência e Tecnologia através de dois projetos de investigação. São eles o Digital Humanities Laboratory, coordenado pelo investigador Daniel Alves, e o CETAPS Digital Laboratory, liderado por Fátima Vieira, vice-diretora do CETAPS e vice-reitora da Universidade do Porto.
Numa época que o CIPSH descreve como “pós-humana” e que a pandemia do COVID-19 levou ao “uso generalizado de recursos digitais”, o organismo defende que “as universidades devem superar os limites disciplinares e conectar-se com a sociedade civil”. Aumentar o potencial da alfabetização digital e dos recursos digitais, promover a cidadadina global e o desenvolvimento sustentável e contribuir para um mundo mais inclusivo, equitativo e intercultural são alguns dos desafios propostos por esta Cátedra.
As Cátedras Unesco inscrevem-se num programa desenvolvido por esta agência das Nações Unidas com vista ao desenvolvimento de competências nas instituições de ensino superior através do intercâmbio e partilha do saber.