pixel ITQB NOVA ganha 8 milhões de euros para preparar combate às próximas pandemias | Universidade NOVA de Lisboa

ITQB NOVA ganha 8 milhões de euros para preparar combate às próximas pandemias

Projeto europeu coordenado pelo ITQB NOVA vai criar uma plataforma para produzir biofármacos antivirais, colocando a Europa na linha da frente na resposta a ameaças emergentes 

Uma equipa internacional liderada por Cláudio Soares, Pró-Reitor da Universidade NOVA de Lisboa, e Professor do Instituto de Tecnologia Química e Biológica António Xavier da Universidade NOVA de Lisboa (ITQB NOVA), e Diana Lousa, uma das cientistas que integra aquele grupo de trabalho, acaba de receber um financiamento de 8M€ do Horizonte Europa para descobrir e produzir novos medicamentos contra vírus. O projeto é o único com coordenação nacional selecionado no concurso Cluster Saúde 2023. 

Desde a chegada da pandemia de COVID-19 que o Laboratório de Modelação de Proteínas do ITQB NOVA, liderado por Cláudio Soares, se tem dedicado a desenhar e a testar moléculas inovadoras contra novas ameaças. Apesar desta temática fazer parte da agenda da equipa, que estudava o vírus da gripe já há vários anos, a mais recente pandemia tornou ainda mais real e urgente a necessidade de acelerar o desenvolvimento de produtos biofarmacêuticos para agentes patogénicos nestes cenários. “Os antivirais que temos atualmente atuam contra um número muito reduzido de vírus”, explica a investigadora Diana Lousa, uma das responsáveis pelo projeto. “Uma vez que não conseguimos prever os vírus que irão causar as próximas pandemias, necessitamos de antivirais que funcionem contra uma vasta gama de agentes infeciosos e que possam ser fácil e rapidamente adaptados em situações de emergência.” 

Esta é a ideia que valeu aos vencedores a seleção no concurso altamente competitivo do Horizonte Europa na área da saúde, com o projeto EvaMobs. “Em 2022 ganhámos o projeto BioPlaTTar, da Fundação La Caixa, um financiamento de 1M€ para criar uma plataforma para combater a COVID-19 e a gripe”, recorda Diana Lousa, que acrescenta. “Este novo financiamento irá permitir-nos trabalhar noutros vírus e medicamentos e levar a nossa investigação à fase de ensaios clínicos”. 

Recorrendo à inteligência artificial e a modelos baseados na física, a equipa propõe desenvolver novas proteínas que se liguem a alvos virais. “É como se os componentes dos vírus fossem as fechaduras e procuramos as chaves que melhor se adaptam”, especifica ainda Cláudio Soares.

Mais informação no site do ITQB NOVA