pixel Territórios nómadas - ciclo de caminhadas para compreender a Trafaria | Universidade NOVA de Lisboa

Territórios nómadas - ciclo de caminhadas para compreender a Trafaria

26 junho 2021

junho 2021 – outubro 2022
Curadoria: Joana Braga, Margarida Brito Alves e Margarida Medeiros

Enquadrado no projeto T-Factor, Territórios Nómadas é um ciclo de caminhadas que pretende contribuir para a compreensão da Trafaria através de um envolvimento direto com o local e com as suas diversas comunidades.
Nesse sentido, e a partir de percursos que serão definidos por participantes convidados, a Trafaria será atravessada com base em diferentes perspetivas e abordada não apenas enquanto território com características geográficas e físicas que lhe são específicas, mas também como um lugar que incorpora histórias e memórias, ou como um espaço político e social.
 

A NOSSA PRAIA, QUE É O RIO, O NOSSO MAR QUE É CASA
Francisco Pinheiro
Sábado, 26 de junho, 10h00

Inscrições: nomadasterritoriosnomadas@gmail.com
Ponto de encontro: Terminal Fluvial da Trafaria, 10h00
Duração aproximada: 4h (inclui paragem para piquenique)
Nr. máx. de participantes: 20
Faixas etárias: jovens e adultos
Percurso: circular
Sugere-se que os participantes levem chapéu e calçado confortável, água e protector solar e uma pequena merenda para o piquenique.
O uso de máscara é obrigatório e serão cumpridas todas as normas de segurança e protecção COVID-19.

Nesta caminhada, a nossa atenção será dirigida para a presença da água, seja a partir dos vestígios de milhares de anos da Arriba Fóssil da Costa da Caparica, seja a partir dos indícios de um futuro incerto a que esta costa se expõe.     
A Costa da Caparica é considerada como um lugar costeiro de grande vulnerabilidade a eventos extremos e tempestades. A comunidade científica acredita que o mar irá subir dois metros em setenta anos, o que faz com que boa parte da população costeira esteja numa situação de perigo eminente. A verdade é que esta fragilidade costeira — ou seja a falta de reposição de areia que faça frente ao mar — também diz respeito a um rio, o Tejo, que por estar controlado por centenas de barragens e hidroeléctricas, não move os sedimentos que antes transportava para a sua foz.
A caminhada conta com a participação de Ana Catarina Miranda, investigadora do projeto pelos Rios Livres, do Grupo de Estudos do Ordenamento do Território e Ambiente (GEOTA) e de Francisco Silva, historiador, ligado ao Centro de Arqueologia de Almada.

Francisco Pinheiro é artista visual e a sua prática parte de narrativas colectivas associadas a um determinado território, convocadas em instalações, vídeos, textos e performances. Tem apresentado o seu trabalho em diferentes espaços e eventos culturais como o Lisboa Soa, Penha sco - Arte Cooperativa, Museu do Neo-Realismo, Instituto Camões, Appleton ou a Galeria 111.  Faz parte do coletivo Guarda Rios, a partir do qual tem desenvolvido um trabalho de investigação e criação artística em torno dos rios. É mestre em Novos Géneros pela San Francisco Art Institute (EUA, 2014) como bolseiro Fulbright / Fundação Carmona e Costa e é licenciado em Pintura pela Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa (2005).

Horários da TransTejo SofLusa

Foto: Francisco Pinheiro