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NOVA assina protocolo para intervenção arqueológica no Ribat da Arrifana

Acordo entre o Ministério da Cultura, o Município de Aljezur, a Fundação Aga Khan e a Universidade NOVA de Lisboa vai resultar num Centro Interpretativo.

A Universidade NOVA de Lisboa, através da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (NOVA FCSH), celebrou ontem, dia 10 de julho, um protocolo de cooperação para uma intervenção de investigação e preservação arqueológica do Ribat da Arrifana, na costa de Aljezur, classificado como Monumento Nacional em 2013.

Esta parceria envolve o Ministério da Cultura (através da Diretora-Geral do Património Cultural, Paula Araújo da Silva, e da Diretora Regional de Cultura do Algarve, Adriana Nogueira), o Município de Aljezur, a Aga Khan Trust For Culture e a NOVA FCSH, que foi representada na cerimónia pelo Reitor da Universidade, Professor João Sàágua, e pelo Diretor da NOVA FCSH, Professor Francisco Caramelo.

O Ribat da Arrifana é referenciado como convento de monges guerreiros muçulmanos, que começou a ser edificado aproximadamente em 1130 da era cristã por iniciativa de Ibn Qasi, personagem histórica natural de Silves e temporariamente aliado do primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques. O sítio arqueológico é considerado por muitos investigadores que se dedicam ao estudo da presença islâmica medieval no Ocidente como uma das mais importantes descobertas arqueológicas do século XXI. Em abril deste ano, a National Geographic dava conta de um monumento «totalmente abandonado», na peça As ruínas arqueológicas da Arrifana.

Tendo em conta o valor histórico e arqueológico do Ribat da Arrifana, e a identificação pelo Ministério da Cultura enquanto "um sítio de valor inestimável", o protocolo tem como finalidade preservar, valorizar e dar a conhecê-lo ao público. "Garantir a proteção legal do sítio arqueológico", "Conservar o espólio arqueológico existente no local", "Construir e implementar um centro interpretativo" e "Promover a investigação académica no âmbito de projetos na área da Arqueologia, História e Conservação" são alguns dos compromissos estabelecidos no documento.

Para tal, nos próximos 18 meses, as quatro entidades envolvidas vão definir, através de um grupo de trabalho técnico, um plano plurianual que inclua todas as estratégias de implementação e gestão do centro interpretativo, financiamento, execução das escavações e a criação de base de dados sobre o espólio arqueológico. Deste grupo fará parte o Instituto de Arqueologia e Paleociências da Universidade NOVA de Lisboa (IAP).

A NOVA FCSH já tinha realizado escavações neste sítio, dirigidas pelos Professores Rosa Varela Gomes e Mário Varela Gomes. Os docentes do Departamento de História e arqueólogos do IAP identificaram este local em 2001 e, desde essa data, têm envolvido centenas de alunos da NOVA FCSH em escavações. Participaram, também, no processo de classificação como Monumento Nacional.

 

 

Fonte: NOVA FCSH