pixel Tecnologia da NOVA para o tratamento do cancro licenciada à BioNTech | Universidade NOVA de Lisboa

Tecnologia da NOVA para o tratamento do cancro licenciada à BioNTech

The agreement, announced this week by Portuguese biotech company CellmAbs, a spin-off of NOVA University Lisbon, includes patented technology originating from NOVA's Faculty of Science and Technology (NOVA FCT) and developed in collaboration with the Portuguese Institute of Oncology of Porto (IPO) and the Helmholtz-Zentrum Dresden-Rossendorf (HZDR) in Germany.

O acordo anunciado esta semana pela biotecnológica portuguesa CellmAbs, spin-off da Universidade NOVA de Lisboa, inclui tecnologia patenteada que teve origem na Faculdade de Ciências e Tecnologia da NOVA (NOVA FCT), desenvolvida em colaboração com o Instituto Português de Oncologia do Porto (IPO) e o Helmholtz-Zentrum Dresden-Rossendorf (HZDR) na Alemanha.

A tecnologia resulta de anos de investigação colaborativa com epicentro no grupo da Professora Paula Videira da NOVA FCT, incluindo contributos do Instituto de Higiene e Medicina Tropical da NOVA, e é representativa da excelência da investigação científica e translacional produzida nesta Universidade.

Trata-se do maior acordo de transferência de tecnologia de sempre no campo da biotecnologia e ciências da vida com uma empresa portuguesa e o mais relevante nesta área por poder resultar no primeiro medicamento português inovador para a oncologia a ir para o mercado. No caso, criar anticorpos monoclonais ('mAbs') específicos para células cancerígenas, sem afetar as células saudáveis, representa um avanço fundamental, pois permite tratamentos que atacam a doença de forma mais eficaz e com menos efeitos colaterais, além de serem personalizados, ou seja, adaptados às características individuais do cancro em cada paciente.

“Estas terapias, que se mostraram eficazes em mais de 80% dos tumores sólidos, poderão ser adaptadas a vários estádios do tumor; asseguram uma menor toxicidade e um menor risco de quimiorresistência, melhorando a tolerância e a qualidade de vida do paciente; e, ainda, contribuem para impedir a progressão e evasão do tumor”, assegura Nuno Prego Ramos, cofundador e CEO da CellmAbs.

Fundada em 2019 como uma spin-off da Universidade NOVA de Lisboa, a CellmAbs especializou-se em novos tratamentos contra o cancro e apresenta, no seu portfólio, vários candidatos pré-clínicos com base no seu conhecimento avançado de antigénios específicos do cancro. É, hoje, um caso de sucesso no domínio da transferência de tecnologia e criação de valor, uma área que a Universidade reforçou estrategicamente nos últimos anos e começa a dar os seus primeiros frutos.

“É com um orgulho imenso que vemos uma tecnologia inicialmente desenvolvida num dos centros de investigação da NOVA ter o seu potencial reconhecido com grande probabilidade de vir a salvar vidas, confirmando, na prática, a qualidade da investigação de vanguarda que é feita na Universidade e o impacto que esta pode ter na sociedade”, salienta a vice-reitora Isabel Rocha, que tutela as áreas das investigação e inovação na Universidade NOVA de Lisboa.  

A CellmAbs está também particularmente otimista em relação a este acordo por se antever que a empresa poderá ser a primeira no setor das ciências da vida em Portugal a ultrapassar a barreira dos mil milhões de euros.

Muito recentemente, a mesma CellmAbs foi duplamente distinguida pela Portugal Ventures, pelo trabalho desenvolvido ao longo de 2023.